Pular para o conteúdo principal

Reabilitação pós-operatória

A imobilização prolongada pode gerar rigidez articular, encurtamento tendíneo e edema. Portanto logo após a estabilização do foco de fratura, seja por redução fechada ou aberta, pode-se iniciar precocemente exercícios passivos e ativos de amplitude de movimento de todas as articulações não envolvidas (dedos, ombro e cotovelo - quando possível). Os objetivos principais de um programa de exercícios precoces são basicamente: manutenção da força muscular, recuperação de amplitude de movimento e prevenção de restrição articular.

  • Condutas no pós operatório

Nos casos tratados cirurgicamente, PO imediato, a atenção deve estar focada na educação do paciente quanto a importância de manter o braço operado em elevação. Isso irá reduzir o edema, prevenir a dor e ajudará na cicatrização.
Além da elevação da mão acima da altura do coração, no primeiro dia de pós-operatório, podem ser iniciados precocemente atividades de flexão/extensão dos dedos da mão para estimular a ação de bombeamento dos músculos da mão e assim ajudar a prevenir ou diminuir o edema. Assim, ao mexer os dedos você garante fortalecimento aos músculos, evita aderências, hipotrofia muscular e possíveis perdas de comprimento muscular.

  • Condutas pós retirada da imobilização

A consolidação da fratura leva normalmente de 6 a 10 semanas, podendo variar de acordo com a idade do paciente e gravidade da fratura. Além disso, este período de tempo pode ser aumentado por complicações incluindo lesão da articulação radioulnar e/ou radiocarpal.
Quando um paciente com fratura de Colles chega ao ambulatório de fisioterapia esperamos encontrar redução da amplitude de movimento (ADM), perda de força muscular, dor, edema, e consequentemente prejuízos nas atividades de vida diária como: Pronação e supinação que são movimentos muito presentes em nosso cotidiano como: despejar a água da garrafa ou girar a maçaneta da porta, comer, se vestir, dirigir e trabalhar, mas com uma fratura no punho tornam-se muito limitados.
O tratamento vai ser iniciado com exercícios passivos (quem realiza a ação do exercício é o fisioterapeuta), evoluindo para ativo-assistidos (fisioterapeuta apenas da uma assistência no exercício quando necessário) , ativo-livres (paciente realiza totalmente sozinho) e finalmente resistidos (com aplicação de carga). Alongamentos e mobilizações geralmente refletem em uma redução da dor e do edema em punho e mão.
Para o fortalecimento muscular é importante trabalhar todos os músculos do antebraço, sem esquecer os músculos da mão.
Pode-se usar técnicas de mobilização articular (Maitland, Mulligan), técnicas de bandagem, eletroterapia (ultrassom terapêutico, TENS, FES), PNF, osteopatia.




Referencias:
- http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2013/01/fisioterapia-pos-fratura-de-colles.html

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Termo de Autorização de Imagem

Fraturas de Rádio Distal

O rádio é o maior dos dois ossos que formam o antebraço (rádio e ulna). A extremidade no sentido do punho é chamada de extremidade distal. Fraturas do rádio distal ocorrem quando a área do rádio próxima ao punho se quebra. Várias classificações de fraturas do rádio distal foram descritas (Gartland e Werley, 195t; Frykman, 1967; Older et al, 1965; Melone, 1984; Solgaard, 1984; Fernandez, 1987; Júpiter, 1991; Muller e outros 1991; McMurtry e Jupiter, 1992) com base em padrões morfológicos, extensão intra-articular, grau de cominuição e mecanismo de lesão. A classificação de Frykman (1967) baseia-se na presença ou ausência de extensão articular da fratura radial distal na articulação rádio-ulnar distal (DRUJ) e de uma fratura estiloide ulnar associada. Classificação de Frykman I: extra-articular sem fratura da ulna distal II: extra-articular com fratura da ulna distal III: intra-articular rádio-cárpico sem fratura ulna IV: intra-articular rádio-cárpico c...

Protocolos de Reabilitação

Protocolo de Reabilitação para o Tratamento Conservador da Fratura de Colles Fase aguda (0-8 semanas) Objetivos: Proteção com tala para o antebraço; controlo da dor e do edema; manutenção da amplitude de movimento dos dedos, cotovelo e ombro. Intervenções - Mobilização passiva e ativa dos dedos, cotovelo e ombro - Elevação de mão e dedos para controlar o edema - Remover tala para o antebraço entre 6-8 semanas Fase sub-aguda Objetivos: controlo da dor e edema (TENS , gelo); ganho de amplitude de movimento; retorno progressivo às atividades da vida diária (AVDs) Intervenções - Mobilização passiva e ativa dos dedos, cotovelo e ombro - Mobilização para flexão/extensão do punho, supinação/pronação do antebraço - Mobilização passiva de baixa carga e alongamento prolongado Fase final Objetivos: Recuperar a totalidade da amplitude de movimento; iniciar o fortalecimento; retorno total às atividades da vida diária (AVDs) Intervenções - Continuar...